segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tiras do Remédios em Festas

Parabéns ao desenhista Filipe Remédios. Na verdade ao seu Blog, Tiras do Remédios, que completou neste domingo (7) um ano de existência. O desenhista que desde criança faz arte, resolveu neste dia montar um blog para mostrar seu trabalho. Onde quer que vá, o caderno e a caneta de desenho estão juntos. Vivace!

Acesse o blog do farmácia, digo Remédios! www.filiperemedios.blogspot.com

Trecho do Blog da Amadeus: www.teatroamadeus.wordpress.com

sábado, 6 de novembro de 2010

Informes do segundo dia de Festival

O Segundo dia do Festival começou cedo!

As 9h teve um cortejo cultural na avenida Brasil. O grupo Tambores Taiko teve um uma participação especial.

A tarde haverá duas oficinas no Sesc: as 14h com Dado Guerra(Toledo), Máscaras; as 16h com Sandro Rodrigues(Foz), Mìmica. Ainda dá tempo de fazer as inscrições, basta enviar um e-mail para festivaldeteatrodefozdoiguacu@gmail.com com o título “OFICINA”, peça sua ficha de inscrição, preencha e reenvie. Pronto! As oficinas são todas gratuitas.

A noite no Boulvard terá duas peças:

20h Romeu e Julieta Acústico – Cia Amadeus (Foz do Iguaçu)

20h30 Telúrica – Cia de Dança Telúrica (Curitiba)

Não chegue atrasado. Compre seu ingresso com antecedência, ao se acomodar na sala de teatro desligue o celular e evite levar crianças.

Digo isso porque ontem, durante a peça algumas pessoas caminharam, celulares tocaram e crianças choraram. Atrapalha.

Os ingressos são de um preço simbólico, R$4 inteira, R$2 meia.

Convide seus amigos e aproveite o Festival!


Mariana Serafini

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Orégano


Porquê sou sua filha e temos a mesma idade? Afinal, quantos anos eu tenho? 28 ou 35?

Ele é ou não meu pai? Por que Orégano?

Um conjunto de perguntas sem resposta formam a peça Orégano do argentino Sergio Lobo. A Cia Hecatombe existe há aproximadamente três anos, nasceu basicamente para produzir Órégano.

Romina, a complexada, não sabe de onde veio e para onde irá, nem ao me

nos quantos anos tem, denuncia o fracasso da família para encobrir seus próprios medos e anseios. Culpa a mãe, Alícia, que aos seus 53 anos é um tanto quanto leviana e desequilibrada emocionalmente, por sua infelicidade. O pai, Norberto – ocasionalmente chamado de Hector por Alícia – é um ex-açougueiro. Ou açougueiro desempregado? Talvez por estar na cadeira de rodas, o ofício tenha se tornado pouco mais penoso que o normal. Para fechar o elenco: Gordo. O Irmão de Romina que na verdade é magro, muito, muito magro. “Tinha futuro no futebol, mas suas pernas começaram a ficar fininhas...”. Segundo o texto, tão finas ficaram as pernas que o fêmur se partiu em onze pedaços. Ou foram oito?

A peça toda se passa ao redor de uma mesa, onde questões existenciais

são debatidas. Discussão tanto quanto excêntrica, os sentimentos dos filhos são oprimidos ora pelo revolver de Alícia, ora pelo facão de Hector... digo Norberto!

A desconfiança da traição, à essas alturas do campeonato é só um detalhe. Gordo é gay, namora – ou não – o tal bombeiro Albertinho, ou melhor Alberto, que em momento algum dá as caras à plateia. Tenta contar isso o tempo todo para o pai, pois quer o direito de sair de casa e morar em um apartamento alugado. No entanto, com todo esse espírito de liberdade, Gordo ainda tem medo de ir ao banheiro sozinho. Ouve vozes ao lado da privada.

Discípula de Evita Perón, Alícia passa a vida à dançar tangos e mostrar toda a sua potência vocal em “Canto Lírico”. Extremamente preocupada com a beleza, não se apega sentimentalmente aos entes 'queridos'. E, adora lembrar o marido – fracassado – que não conseguiu ser Rastafari como queria, e nem serviu para ser açougueiro.

Norberto, rastafari frustado, açougueiro desempregado, traído, pai de uma filha complexada e de um filho “bichona” - como ele afirma – além de tudo tem um projeto de rádio comunitária que nunca nem chegou ao papel. Quanto mais sair dele. No momento que Alícia promete partir e abandonar a família, tenta suicídio.

Os filhos passam a ocupar o lugar dos pais, o por quê? Só assistindo para saber.

Afinal, Orégano é um jogo de perguntas sem respostas, que leva à reflexão sobre o mundo e a importância de estarmos nele. Segundo Romina, “ninguém se parece com ninguém, ninguém, ninguém”.

Uma fotografia espetacular, com momentos de êxtase onde todos os atores param e 'pousam' perfeitamente. A mescla entre teatro, dança, música, corpo, rosto, sentidos e sentimentos é incrivelmente harmônica. Todas as danças, e músicas, se encaixam perfeitamente com a situação.

Orégano foi a estreia do Festival de Teatro de Foz do Iguaçu. O grupo fica em Foz do Iguaçu até domingo de manhã prestigiando o festival.


Mariana Serafini

1º dia do Festival de Teatro

Hoje começa o Festival de Teatro!

A peça de abertura é com o a Cia Hoctombe de São José do Rio Preto, SP.

"Orégano" é uma casa com muitas perguntas, mas curiosamente sem qualquer resposta. Mãe, pai e filhos vivendo em um lar completamente destruído pela violência que vai além da violência em si.

Discursos vazios de sentido, estruturas ocas, que são palavras no ar das quais ninguém é responsável. Rupturas de comportamento que nos permitem viajar pelo interior das personagens, fazendo um raio-x de suas fragilidades e de suas fraturas expostas, literalmente.
O espetáculo apresenta um panorama neogrotesco de uma família imersa no mais profundo fracasso, mas se ainda restar perguntas sobre o que é "Orégano", vale dizer que a resposta está em cada um de nós, dentro de nossas casas, na maneira como nos relacionamos e convivemos em família.
O espetáculo é a mais recente montagem da Cia. Hecatombe. Em sua estreia no mês de setembro de 2009, teve a honra de receber o autor do texto, o argentino Sergio Lobo que, vindo de Buenos Aires, prestigiou a sessão com sua presença.
Foram oito meses de montagem que compreenderam muitas experimentações, ensaios e pesquisa acerca da linguagem neogrotesca, tipicamente argentina.
De lá pra cá, a companhia vem trabalhando para o aperfeiçoamento das propostas de "Orégano" em um processo contínuo de muita transpiração e agora se apresenta em Foz do Iguaçu.
SERVIÇO
Abertura do Festival de Teatro de Foz do Iguaçu
Local: Iguassu Boulevard
Data: Sexta-feira (05)
Hora: 21h

Texto do ClickFoz